Por: Dr. Luiz Alberto Alberto Barbosa, Juiz de Direito e Escritor
Ainda estamos perdidos quanto a direção a ser seguida e sequer sabemos onde estamos. Embora sejamos tantas vezes capazes de fazer o que é bom, aquele “eu” animal fica a espreita, pronto para o ataque, a mordida, o gosto de sangue na boca. Hoje, ficamos felizes com o sofrimento da vítima, os gritos de socorro soam como trilha musical, queremos a humilhação, a vergonha alheia, e esse monstro adormecido, desperta, e nós ainda não possuímos a ferramenta necessária para domestica-lo, mas não estamos muito afim disso também, pois o que dá prazer é ver a queda do outro. “Olha, coitado, tentou de novo e não conseguiu, falamos com ironia. Mas como sermos melhores? Sendo, mais do que bichos ferozes, gente. O homem é um anjo montado num porco, disse Tomás de Aquino: de vez em quando essa precária situação desanda, e aí salve-se quem puder.
Por: Dr. Luiz Alberto Barbosa, Juiz de Direito e Escritor.