Após enfrentar a pior seca dos últimos 120 anos, a comunidade do Amazonas retoma suas atividades de pesca. A prática ordenada da pesca do mapará, com uma tradição de mais de 15 anos e formalizada há sete, volta à ativa.
Moradores dessa comunidade ribeirinha estão se preparando para retomar suas atividades de subsistência após enfrentar a morte de peixes e uma seca histórica. A pesca é crucial para o sustento das famílias locais, como expressa Francisca Santos, uma pescadora da região: “A pesca representa tudo para mim, pois é dela que tiro o sustento da minha família”.
Sebastião do Carmo, outro pescador local, está ansioso pelo momento esperado do ano: a temporada de pesca do mapará. Esta temporada havia sido interrompida em novembro de 2023 devido ao período de defeso para preservação das espécies durante a reprodução.
Apesar das águas ainda não estarem completamente recuperadas da seca extrema de 2023, os pescadores estão determinados a alcançar suas áreas de pesca, mesmo que distantes. A jornada começa de madrugada, navegando por rios estreitos e cobertos de capim flutuante, um resultado da seca anterior.
Mais de mil pescadores estão presentes, confiantes na abundância dos rios locais. A pesca não só sustenta as famílias locais, mas também impulsiona a economia da região.
Em 2024, foram registradas mais de 280 toneladas de mapará provenientes do Lago do Rei, no Careiro da Várzea, no Amazonas. Este peixe é em grande parte exportado congelado, contribuindo para a economia local.
Apesar de enfrentar desafios, como a gravidez de sua esposa, pescadores como Rafael Almeida permanecem otimistas, confiando na providência divina para garantir uma boa colheita.