Cláudio Castro e Rodrigo Pacheco lideram esforços para aliviar pressão financeira dos estados e garantir investimentos públicos
Em uma articulação política de grande relevância, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, encontrou-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, no dia 15 de abril. O objetivo desse encontro foi dar prosseguimento a discussões cruciais sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União.
Ao longo dos últimos anos, as dívidas estaduais têm se tornado uma pedra no sapato para o desenvolvimento econômico e social das regiões. Cláudio Castro, em consonância com outros governadores, tem enfatizado a urgência de se encontrar soluções que permitam um fôlego financeiro aos estados, possibilitando investimentos e a manutenção adequada dos serviços públicos.
“O presidente Rodrigo Pacheco quis ouvir os estados que têm dívidas mais expressivas para desenhar uma proposta em conjunto com a União e fazer uma mediação”, destacou Castro após a reunião, que contou com a presença de outros líderes estaduais.
A magnitude das dívidas é assustadora. Apenas o Estado do Rio de Janeiro acumula uma dívida de R$ 191 bilhões com o Governo Federal. Um montante que, ao longo do tempo, tem sido majorado por políticas de atualização que, na visão de Castro, tornam a situação financeira insustentável.
Uma das principais frentes de debate é a revisão dos critérios de correção da dívida. Atualmente, a correção é feita pelo IPCA mais 4% ao ano ou pela Selic, o que for menor. Contudo, essa metodologia tem contribuído para o crescimento exponencial dos débitos, gerando uma verdadeira bola de neve financeira.
Com o apoio de outros líderes estaduais e do presidente do Senado, Castro busca estabelecer um novo indexador e uma metodologia mais sustentável para a atualização das dívidas, visando aliviar o peso sobre os orçamentos estaduais e promover um ambiente mais propício ao desenvolvimento econômico.
A reunião entre Cláudio Castro e Rodrigo Pacheco representa um passo significativo na busca por soluções concretas para um problema que há décadas aflige as finanças públicas dos estados brasileiros.