Falta de transparência e corrupção podem ressurgir na Fundação Cecierj com esquema importado da Uerj.
Em meio às denúncias de corrupção e uso político da Fundação Ceperj, dois anos após a descoberta de uma folha secreta, o órgão permanece inativo, sem entregar nenhuma política pública, apesar dos funcionários receberem alguns dos melhores salários do Governo do Estado.
O esquema na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é semelhante ao da Fundação Ceperj. Em ambos os casos, houve milhares de contratações sem transparência, abrigando cabos eleitorais às vésperas das eleições.
No caso da Uerj, o então reitor, Ricardo Lodi (PT), publicou normas que permitiram contratações com altas remunerações sem processo seletivo público. Lodi concorreu à Câmara pelo PT e hoje é suplente.
Além desses flagrantes esquemas de corrupção denunciados pelo Ministério Público do Rio, o ex-reitor Ricardo Lodi indicou para o cargo de presidente da Fundação Cecierj, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, seu vice-reitor à época, o professor Lincoln Tavares.
Um dos primeiros atos do professor Lincoln Tavares à frente da Fundação Cecierj foi publicar a PORTARIA CECIERJ Nº633/2024, que estabelece normas de organização e apresentação de projetos.
Hoje, a Fundação Cecierj adota o mesmo esquema importado da Uerj, o qual, em 2022, promoveu desvios milionários. Paradoxalmente, mais uma vez, une direita e esquerda, já que o deputado mais bolsonarista do Rio de Janeiro, Dep. Anderson Moraes, acaba de assumir a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Que o atual secretário de ciência, tecnologia e inovação do Estado não permita em sua vinculada as práticas de gestão imorais, ilegais e, sobretudo, sem transparência, praticadas na Uerj tanto pelo ex-reitor Ricardo Lodi quanto pelo vice-reitor Lincoln Tavares. Estamos de olho!.