O estado do Rio de Janeiro registrou 810 casos prováveis de dengue entre os dias 29 de dezembro de 2024 e 14 de janeiro de 2025, com 50 internações e nenhuma morte confirmada até o momento. Em comparação com 2023, o número representa um aumento de 16,72%, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
A secretária estadual de Saúde, Claudia Mello, destacou que a epidemia registrada em 2024, com 302.316 casos e 232 óbitos, reforça a necessidade de atenção para o controle da doença. “Esse aumento em 2025 já nos acende um alerta para a importância da prevenção”, afirmou.
Retorno do sorotipo 3
Na última quinta-feira (9), foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 3 no estado em 2025. A paciente, uma mulher de 60 anos, foi diagnosticada na cidade do Rio de Janeiro pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RJ). Este sorotipo não circulava predominantemente no estado desde 2007, deixando grande parte da população sem imunidade contra ele.
Os sintomas da dengue tipo 3 são os mesmos dos outros sorotipos e incluem febre alta, dores no corpo e nas articulações, náuseas, vômitos, dor atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo e outros sinais de mal-estar.
Combate ao Aedes aegypti
Para conter a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, a SES reforça o monitoramento dos casos e a campanha “Contra a dengue todo dia”, parte do Plano de Contingência para Enfrentamento às Arboviroses.
Entre as principais orientações estão as vistorias semanais em casa e em áreas externas para evitar o acúmulo de água parada em garrafas, pneus, caixas d’água e pratos de plantas.
A SES também mantém apoio aos 92 municípios do estado com ações de conscientização e combate aos focos do mosquito, visando conter um possível avanço da doença no verão de 2025.