Na última quinta-feira (16), o foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX, empresa do bilionário Elon Musk, sofreu uma explosão durante um voo teste após perder contato com sua base de operações. O incidente ocorreu poucos dias antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, com quem Musk deve colaborar em seu governo.
O voo marcou o sétimo teste do mega foguete Starship, que está em uma versão atualizada, mais potente e projetada para alcançar maiores altitudes. A empresa já havia registrado um sucesso em outubro passado, mas falhou em novembro, durante um teste assistido pelo presidente eleito.
Detalhes do teste e falha
O lançamento aconteceu às 16h37 (horário local), a partir da base da SpaceX em Boca Chica, Texas. O propulsor SuperHeavy, responsável pela primeira fase do voo, funcionou conforme o planejado, desacelerando de forma controlada e pousando nos braços mecânicos da torre de lançamento após sete minutos.
Contudo, na segunda etapa, o veículo enfrentou problemas durante a reentrada na atmosfera, resultando em uma “rápida desmontagem não programada”, termo usado pela SpaceX para descrever a explosão. Os destroços da Starship caíram no Oceano Atlântico, forçando o desvio de voos comerciais na região próxima a Turks e Caicos, conforme relatado pelo serviço FlightAware.
Repercussão e próxima fase
Em comunicado, a SpaceX declarou que os dados coletados serão analisados para identificar a causa da falha. “Com um teste como esse, o sucesso vem do que aprendemos, e o voo de hoje nos ajudará a melhorar a confiabilidade da Starship”, afirmou a empresa por meio da rede social X.
A explosão acontece em um momento de destaque para a corrida espacial, com a rival Blue Origin, de Jeff Bezos, realizando recentemente um voo inaugural bem-sucedido do foguete New Glenn, na Flórida.
O incidente não deve impedir que a SpaceX continue seus esforços no desenvolvimento do Starship, peça-chave para futuras missões à Lua e Marte, bem como para o transporte orbital de cargas e passageiros.