
Novo polo de inteligência artificial no Parque Olímpico terá capacidade de 1,8 gigawatts até 2027 e mira 3 gigawatts em 2032, com energia limpa e alta conectividade
O prefeito Eduardo Paes anunciou neste domingo (27) a criação da Rio AI City, um ambicioso projeto que promete transformar o Rio de Janeiro em referência mundial na era da inteligência artificial. Previsto para ser construído na região do Parque Olímpico, o complexo será o maior hub de data centers da América Latina e entrará para a lista dos dez maiores do mundo.
A novidade foi revelada durante a abertura do Web Summit Rio 2025, ocasião em que também foi confirmada a permanência do evento na cidade até 2030.
Planejado para operar com capacidade inicial de 1,8 gigawatts até 2027, o Rio AI City terá expansão prevista para 3 gigawatts até 2032. Toda a operação será abastecida exclusivamente por fontes de energia limpa, com fornecimento ilimitado de água — uma infraestrutura pensada para redefinir padrões globais de tecnologia sustentável.
“O mundo está passando por uma aceleração tecnológica inédita, e aqui no Rio queremos ser protagonistas dessa transformação. O Rio AI City será o maior hub de data center da América Latina e um dos maiores do planeta”, afirmou Paes.
A Rio AI City será um motor de inovação no país, atraindo projetos impulsionados por inteligência artificial e criando ambiente propício para a instalação de novos supercomputadores, a exemplo do Santos Dumont, do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).
O projeto terá alta resiliência e transmissão de dados em tempo real (latência zero), com conexão direta ao Porto Maravilha — integrando tecnologia e urbanismo. Na área portuária, o Mata Maravilha — novo projeto de revitalização — prevê espaços de natureza e inovação: uma nova marina, dois parques, hotéis, torres residenciais verdes, centro de convenções, casas de espetáculo, restaurantes e um shopping center, tudo conectado à potência computacional da Rio AI City.
O Porto Maravilha já abriga o IMPA Tech, referência nacional em matemática aplicada, e o hub Porto Maravalley. Para Paes, a combinação entre inovação sustentável e áreas de uso misto fará do Rio não apenas um polo tecnológico, mas também um modelo de transformação urbana.
Impacto econômico
A permanência do Web Summit até 2030 deve injetar cerca de R$ 1,8 bilhão na economia carioca, segundo estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Invest.Rio e Riotur. Só em 2025, o evento deve movimentar mais de R$ 170 milhões, impulsionando ainda mais a imagem do Rio como cidade global da inovação.
Por: Editoria