A política na Baixada Fluminense é um espetáculo à parte, sempre cheia de promessas, surpresas e uma pitada de drama. Com as eleições se aproximando, resolvi sair pelas ruas para entender o que os eleitores realmente esperam dos pré-candidatos. Afinal, nada melhor do que ouvir diretamente do povo para sentir o clima eleitoral.
Comecei meu périplo com uma jovem universitária de 22 anos, cheia de sonhos e livros na mochila. Ela me contou sobre seu desejo por mais investimentos em educação e cultura. “Precisamos de mais bibliotecas e espaços culturais. Melhorar as escolas e oferecer mais oportunidades para os jovens é essencial,” disse ela, com olhos brilhando de esperança. “Quero ver propostas concretas, não apenas promessas vazias.” Mas será que é só isso que ela quer? Ou há mais nas entrelinhas de suas palavras?
Passei para um aposentado de 68 anos, cheio de histórias e uma sabedoria que só a idade traz. Ele desabafou sobre a saúde na região: “A saúde está um caos. Falta médico, falta remédio, e o atendimento é péssimo. Precisamos de alguém que realmente se importe com os idosos.” E completou, com a calma de quem já viu de tudo: “A maioria só aparece na época de eleição. Quero ver ação, não só discurso.” Será que ele acredita mesmo que alguém vai ouvir seu clamor ou já está acostumado com as promessas vazias?
Logo em seguida, encontrei um motorista de ônibus de 35 anos, segurando firme o volante e a esperança de dias melhores. “As estradas estão cheias de buracos, e a segurança é um problema constante. Preciso de condições melhores para trabalhar e me sentir seguro,” disse ele, sem rodeios. “Quero alguém que conheça a realidade das ruas, que esteja junto com a gente.” Mas será que ele acredita mesmo que isso vai acontecer ou está apenas cansado de esperar por mudanças?
Em uma lojinha acolhedora, uma comerciante de 55 anos me recebeu com um sorriso e um desabafo: “Precisamos de mais apoio para os pequenos comerciantes, incentivos fiscais e programas que ajudem a gente a crescer.” Entre uma venda e outra, ela acrescentou: “Tem alguns que falam bonito, mas quero ver ação. Já vi muita promessa que não virou realidade.” Será que ela ainda tem esperança ou está apenas tentando manter o otimismo em meio a tantas dificuldades?
Por fim, conversei com uma professora de 40 anos, que encara a sala de aula com a força de quem acredita na educação. “Precisamos de mais investimento nas escolas, valorização dos professores e uma gestão que seja transparente com os recursos públicos.” Cautelosa, mas otimista, ela afirmou: “Acredito que ainda podemos encontrar alguém comprometido com a educação, mas é preciso ficar atento e cobrar.” Será que ela realmente acredita nisso ou é apenas uma forma de manter viva a chama da esperança?
Enquanto os pré-candidatos, figurinhas carimbadas ou de primeira viagem, repetem as mesmas histórias de sempre, tentando modificar os pensamentos dos eleitores já mais que desgastados com tantas promessas, as vozes da Baixada Fluminense ecoam um desejo comum por mudanças significativas e concretas. Saúde digna, segurança, apoio ao comércio, educação de qualidade e, acima de tudo, ações que façam a diferença. Mas será que é isso mesmo que os eleitores querem? Ou já estão tão acostumados com promessas não cumpridas que nem sabem mais o que esperar?
E, como se não bastasse, os prefeitos, aqueles que mais parecem “pé de cobra” (quem vê, morre!), aparecem mais do que os próprios pré-candidatos durante este período eleitoral. Chega a ser chato, figurinhas repetidas em todo canto. “Eu hein, falam os eleitores indignados. Alcool em gel e máscaras são distribuídos pela turma do oba-oba, todos em busca do abençoado voto.”
Os pré-candidatos têm um grande desafio pela frente: conquistar a confiança de uma população que anseia por resultados reais. Como dizem por aí, a política pode até ser um jogo, mas para o povo da Baixada, a regra é clara: ação fala mais alto que palavras. E assim, seguimos, com fé na Baixada e olhos atentos nos candidatos. Afinal, está na hora de sair do discurso e entrar em campo. Será que eles vão conseguir? Bem, parece que só com muita oração e paciência vamos descobrir. Enquanto isso, esperamos mais quatro anos para ver no que vai dar.