
Em uma sessão marcada por sensibilidade e compromisso com a saúde pública, a Câmara Municipal de Nova Iguaçu aprovou em primeira votação, o Projeto de Lei nº 765/2025, de autoria do vereador Marcio Fonseca, que garante atendimento prioritário às pessoas diagnosticadas com Lúpus em empresas públicas e privadas da cidade. Na mesma sessão, também foi aprovada a criação da Semana Municipal de Conscientização sobre o Lúpus, reforçando a importância do tema no calendário oficial do município.
A proposta é um marco para centenas de iguaçuanos que convivem com essa doença autoimune, crônica e inflamatória, que pode comprometer diversos órgãos e tecidos, como pele, rins, articulações e pulmões. Embora silencioso, o Lúpus afeta profundamente a qualidade de vida dos pacientes — muitos deles mulheres jovens — e exige um olhar mais humano do poder público.
Ao justificar o projeto, Marcio Fonseca foi enfático:
“Esses pacientes já enfrentam dores, cansaço extremo e instabilidade física e emocional. Não é justo que ainda tenham que enfrentar longas filas. O atendimento prioritário significa justamente isso: não precisar aguardar, garantindo um pouco mais de dignidade e conforto no cotidiano dessas pessoas.”
A aprovação em primeira votação também selou o compromisso da cidade com a informação e o combate ao preconceito. A Semana Municipal de Conscientização sobre o Lúpus tem como objetivo ampliar o debate sobre a doença, promover campanhas educativas nas unidades de saúde, palestras em escolas e a capacitação dos profissionais da rede municipal.
Com base em dados nacionais, estima-se que mais de 65 mil pessoas convivam com Lúpus no Brasil. Em Nova Iguaçu, onde vivem cerca de 830 mil habitantes, especialistas apontam que pelo menos 500 a 700 moradores podem ser acometidos pela doença — muitos ainda sem diagnóstico ou sem acesso ao tratamento contínuo.
A proposta do vereador foi bem acolhida entre os parlamentares da Casa e deve ser confirmada em segunda votação nos próximos dias. Caso aprovada de forma definitiva, Nova Iguaçu passará a integrar o grupo de cidades que olham para além das estatísticas e enxergam as pessoas.
Para Marcio Fonseca, legislar também é cuidar:
“Fazer política é dar voz a quem sofre em silêncio. Nosso papel é garantir que essas histórias invisíveis tenham espaço, respeito e políticas públicas que acolham. Essa é uma vitória da empatia e da humanidade.”
Por: Editoria.