A Baixada Fluminense, região composta por 13 municípios na Grande Rio, vive um constante tiroteio entre facções criminosas, com o domínio territorial oscilando entre milícia e Comando Vermelho desde 2019. Nos últimos 16 anos, essa disputa sangrenta teve um marco importante: a milícia, que vinha em ascensão meteórica, recuou em 22,5% em 2023, cedendo a liderança em área dominada para o Comando Vermelho.
Milícia em declínio, mas ainda forte: Apesar da perda recente, a milícia ostenta um crescimento de 177,2% em seu território desde 2008, expandindo sua área de atuação em 48,99 km².
Comando Vermelho retoma liderança: A queda da milícia foi a oportunidade perfeita para o Comando Vermelho retomar o posto de facção dominante na região. Em 2023, a organização controlava 51,9% da área da Baixada Fluminense.
Terceiro Comando Puro se consolida: Mesmo sendo a terceira maior força em termos de território, a Baixada Fluminense concentra a maior parte das áreas do Terceiro Comando Puro (TCP). Entre 2008 e 2023, a facção viu seu domínio na região quase quadruplicar, com um aumento de 296,3%. Em 2023, o TCP controlava 38,8% da Baixada Fluminense, consolidando sua presença como um importante player na disputa pelo poder.
Dados alarmantes: A guerra entre as facções na Baixada Fluminense não tem trégua. Em 2023, o número de homicídios na região aumentou 7,6% em relação ao ano anterior, um reflexo direto da disputa territorial.
O que esperar do futuro? A dinâmica do poder entre as facções na Baixada Fluminense é complexa e em constante mutação. Fatores como operações policiais, traições entre grupos e novas alianças podem alterar o cenário a qualquer momento. O que é certo é que a população da região vive sob constante medo e insegurança, à mercê da violência brutal desses grupos criminosos.