As eleições municipais em Mesquita, na Baixada Fluminense, estão marcadas por incertezas jurídicas envolvendo dois dos principais candidatos a prefeito. Gelsinho Guerreiro e Marotto Miranda enfrentam a possibilidade de terem suas candidaturas impugnadas, o que pode alterar significativamente o panorama da disputa.
Gelsinho Guerreiro, do Republicanos, ex-prefeito da cidade entre 2013 e 2020, enfrenta o mais grave dos obstáculos. O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) declarou Guerreiro inelegível, citando acusações de abuso de poder econômico e político em campanhas anteriores. Esta decisão, por si só, já comprometeria sua candidatura, mas a situação se agravou quando o Ministério Público Federal entrou com um pedido adicional para impugnar sua participação no pleito.
Não menos problemática é a situação de Marotto Miranda, do PL, que conta com o apoio do atual prefeito, Jorge Miranda. Sua candidatura está em xeque por problemas jurídicos, o que pode impedir a sua participação na disputa eleitoral.
O candidato Luiz Cláudio (PT) também tem problemas relacionados à documentação enviada ao TRE, mas que devem ser solucionados nos próximos dias.
Em meio a esse cenário turbulento, destaca-se Roberto Emídio, do MDB, como o único candidato sem complicações jurídicas até o momento. Vereador em seu segundo mandato e conhecido por sua atuação comunitária, especialmente nos bairros mais carentes de Mesquita, Emídio busca se posicionar como uma alternativa segura e viável da política local.
O cenário eleitoral em Mesquita reflete uma tendência observada em diversos municípios brasileiros, onde questões jurídicas têm ganhado protagonismo, muitas vezes ofuscando o debate sobre propostas e projetos para a cidade. Analistas políticos locais temem que essa situação possa aumentar a abstenção e o desinteresse do eleitorado.
À medida que o prazo para as definições judiciais se aproxima, a população de Mesquita aguarda o desfecho desses processos, que determinarão não apenas quem poderá concorrer, mas também o futuro político e administrativo da cidade pelos próximos quatro anos.