Em Mesquita, cresce a indignação popular diante de um escândalo que muitos já chamam de “Máfia do IPTU”. Há suspeitas de um esquema de corrupção envolvendo agentes públicos que manipulam o valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), favorecendo grandes propriedades e deixando os pequenos contribuintes à mercê de cobranças abusivas.
O esquema funciona de maneira simples e devastadora. Grandes proprietários e empresários da cidade conseguem, através de contatos dentro da prefeitura, pagar valores ínfimos de IPTU em comparação com o valor real de mercado de suas propriedades. Enquanto isso, o cidadão comum, dono de imóveis de pequeno e médio porte, vê seu imposto subir ano após ano, sem justificativa plausível. Essa prática perversa não apenas distorce a arrecadação, mas também contribui para a desigualdade social e o descaso com os serviços públicos.
Há relatos de contribuintes sendo pressionados a pagar valores superfaturados, sem possibilidade de revisão justa. Aqueles que tentam recorrer enfrentam uma burocracia quase intransponível, que parece estar desenhada para favorecer os envolvidos no esquema de corrupção. “O IPTU da minha casa aumentou mais de 50% em dois anos, mas o prédio comercial na esquina paga metade do meu valor”, relata um morador indignado, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
Além do impacto financeiro direto, o desvio de recursos gerado por esse esquema agrava a precariedade dos serviços públicos. A falta de investimentos em áreas essenciais, como saúde e infraestrutura, pode ser parcialmente explicada pela baixa arrecadação real, já que muitos imóveis de alto valor estão sendo subfaturados com a conivência de setores da administração pública.
A máfia do IPTU expõe uma gestão manchada por corrupção e falta de transparência. Em um ano eleitoral, esse escândalo pode se tornar um divisor de águas, uma vez que o povo de Mesquita clama por justiça e por uma administração que trate todos de forma igualitária, sem privilégios para os mais poderosos.
A máfia do IPTU é mais um exemplo de como a corrupção corrói a confiança da população e impede o desenvolvimento da cidade. Mesquita precisa de uma resposta urgente das autoridades e de uma mudança real no sistema de arrecadação para que o cidadão comum não continue pagando o preço por essa corrupção institucionalizada.