MERS virus, Meadle-East Respiratory Syndrome coronovirus, 3D illustration
Nas últimas semanas, a covid-19 começou a ganhar força em estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Com casos de gripe e outros vírus também circulando, a situação exige atenção, principalmente para quem faz parte dos grupos de risco.
A covid-19 está voltando a crescer em várias regiões do Brasil, segundo um boletim da Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (12). O aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causado pelo vírus não se limita mais a São Paulo e Goiás, como apontado na semana passada, mas também foi registrado em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Além disso, um surto de rinovírus tem afetado gravemente crianças e adolescentes, especialmente no estado do Amapá.
Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz, explicou que o vai e vem de pessoas entre São Paulo e outros estados pode fazer com que o aumento dos casos de covid-19 na capital paulista espalhe o vírus por outras regiões do país nas próximas semanas. Com isso, ela reforça a importância de que as pessoas que fazem parte dos grupos de risco – como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas – se mantenham em dia com a vacinação.
Outro ponto de atenção são as campanhas de vacinação contra a gripe, que estão começando na Região Norte. Tatiana destaca a importância de que todas as pessoas elegíveis nesses estados tomem a vacina contra a influenza, já que o vírus continua circulando e pode causar complicações graves.
Os dados das últimas quatro semanas mostram que, entre os casos de SRAG, 32% foram causados pela covid-19, 34,7% pelo rinovírus, 14,4% pela influenza A, 3,2% pela influenza B e 9% pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Entre os óbitos, a covid-19 foi responsável por mais da metade dos casos (50,2%).
Diante desse cenário preocupante, a Fiocruz reforça algumas recomendações importantes, como o uso de máscara em locais fechados e com pouca ventilação, especialmente em ambientes de saúde. Em caso de sintomas, o ideal é se isolar em casa para evitar a transmissão para outras pessoas. Se o isolamento não for possível, o uso de uma máscara de boa qualidade é essencial.
A pesquisadora ainda alerta: “A prevenção continua sendo a nossa melhor aliada”.
