Presidente destaca a justiça tributária e considera o fim da cobrança sobre participação nos lucros dos trabalhadores, mas medidas ainda dependem de ajustes fiscais.
Em uma entrevista à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira, 16 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou um de seus compromissos de campanha mais aguardados: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. Segundo Lula, essa medida, embora ainda não tenha sido implementada, segue firme. Ele explicou que, apesar das dificuldades econômicas e do momento de equilíbrio das contas públicas, a isenção continua como uma prioridade.
“Está de pé, e vamos fazer. Sei que mudar as coisas não é fácil, pois cada isenção exige um ajuste no sistema. No entanto, é humanamente injusto que o trabalhador brasileiro, que já tem o imposto descontado na fonte, ainda tenha que pagar mais. É justo que aqueles que recebem até R$ 5 mil tenham um alívio financeiro para cuidar de suas famílias”, afirmou Lula.
Além disso, o presidente abordou outra questão importante: o futuro da cobrança do Imposto de Renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores. Lula revelou que o governo está considerando acabar com essa tributação, uma vez que muitos trabalhadores, após um ano inteiro de trabalho e produção, acabam pagando 27% de imposto sobre o PLR recebido no final do ano.
“Estamos pensando em como podemos retirar a cobrança do IR sobre o PLR. O trabalhador faz sua parte durante o ano, e no final, ao receber sua participação nos lucros, paga um imposto alto. Isso precisa ser revisto”, destacou Lula.
Essas iniciativas refletem o desejo do governo de promover uma maior justiça tributária e oferecer um alívio financeiro aos trabalhadores. No entanto, as mudanças ainda dependem de ajustes fiscais para garantir que não comprometam o equilíbrio das finanças públicas.
