Vivemos em um país onde a futilidade tem dominado nossos dias, enquanto isso, nossos representantes se aproveitam. Perdemos horas diante da TV e da tela do celular vendo inúmeras coisas, mas quase nenhuma significativa do ponto de vista cultural, e, com isso, muitas pessoas sem conteúdo algum vão lucrando alto. Nesse mundo virtual, preconceitos e perseguições são o prato do dia. Quero poder sonhar que a cor da pele, crença, sotaque e condição social não servirão para medir um ser humano; que haja integração e harmonia entre todos que vivem, sofrem e morrem neste nosso múltiplo e mutante planeta. Aliás, “seres humanos” de verdade estão em extinção.
Nós estamos obcecados por sucesso, mesmo que por apenas 15 minutos, dinheiro e poder, a qualquer custo, quando poderíamos e deveríamos olhar de forma mais positiva para as diferenças, para que elas não nos separem, mas nos complementem, e para que nos tornemos mais interessados do que agressivos, mais criadores do que desconfiados, estimulados a “perder tempo” lendo um bom livro, pesquisando algo realmente importante, e afastando, pelo menos um pouco, a verdadeira “perda de tempo” com o que não acrescenta nada às nossas vidas.
Por: Dr. Luiz Alberto Barbosa, Juiz de Direito e Escritor