O Brasil encerrou sua participação histórica no Mundial masculino de handebol nesta quarta-feira (29) ao perder para a Dinamarca por 33 a 21 nas quartas de final, em Oslo, na Noruega. A seleção brasileira chegou ao top-8 pela primeira vez e consolidou seu nome entre as potências da modalidade.
A Dinamarca, tricampeã mundial e atual campeã olímpica, manteve sua invencibilidade no torneio, alcançando 35 jogos sem derrota em Mundiais. O goleiro Emil Nielsen foi fundamental para a vitória dinamarquesa, sendo eleito o melhor jogador em quadra. Panda foi o destaque brasileiro, marcando sete gols.
Com a vitória, a Dinamarca avança para enfrentar na semifinal o vencedor do confronto entre Portugal e Alemanha. Croácia e França disputam a outra semifinal.
A seleção brasileira encerrou a competição na sétima posição, garantindo pela primeira vez às Américas a condição de cabeça de chave no Mundial de 2027, que será realizado na Alemanha e valerá como classificatório para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.
O Brasil precisa agora garantir uma das quatro vagas em disputa no Sul-Centro-Americano de 2026 para participar do próximo Mundial.
Desempenho em quadra
O nervosismo inicial pesou para o Brasil. Logo nos primeiros segundos, Thiagus Petrus sofreu uma penalidade de dois minutos. A equipe teve dificuldade para superar a forte defesa dinamarquesa, e os arremessos de Haniel, Bryan e Gustavo pararam no goleiro Nielsen. Com boa transição de defesa para ataque, a Dinamarca abriu 10 a 3 nos primeiros 15 minutos.
Panda e Santista trouxeram nova dinâmica ao ataque brasileiro, diminuindo a desvantagem. A Dinamarca cometeu alguns erros, e o Brasil foi ao intervalo com desvantagem de apenas três gols (15 a 12).
No segundo tempo, porém, os dinamarqueses impuseram seu ritmo. Uma penalidade sofrida por Santista logo no início permitiu que a Dinamarca ampliasse o placar. O Brasil esboçou reação com Bryan, mas erros na troca de bola resultaram em penalidades. A Dinamarca anotou oito gols seguidos e fechou o jogo com 33 a 21.
A seleção brasileira volta ao país com uma campanha histórica e projeções otimistas para os próximos ciclos internacionais.