O governo de Israel oficializou na noite desta sexta-feira (17) o plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que prevê a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos. O acordo, aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, entrará em vigor no próximo domingo, 19 de janeiro de 2025.
Após a aprovação inicial pelo gabinete de segurança israelense, o plano recebeu o aval final em uma reunião do Conselho de Ministros. Segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, 24 ministros votaram a favor e 8 foram contra.
Primeira fase do acordo
Na primeira etapa, serão libertados 33 reféns israelenses, em troca de mil prisioneiros palestinos detidos em Israel, incluindo 70 mulheres e 25 menores de idade.
As primeiras libertações estão previstas para o domingo, com a chegada de três mulheres israelenses. A população israelense aguarda com expectativa notícias sobre o caso de Kfir Bibas, um bebê de dois anos sequestrado junto com seu irmão. Apesar de relatos contraditórios sobre seu destino, familiares e amigos mantêm a esperança.
Paralelamente, Israel adotará medidas para evitar manifestações públicas de celebração durante a libertação dos prisioneiros palestinos.
Estrutura do acordo
O plano foi dividido em três fases principais:
- Cessar-fogo e troca inicial de reféns: As tropas israelenses deixarão áreas densamente povoadas em Gaza.
- Libertação de reféns restantes: Inclui homens e soldados, além da retirada completa das tropas.
- Reconstrução de Gaza: O foco será a reconstrução do território e a recuperação dos corpos de reféns mortos.
Desafios políticos
Questões como o futuro político de Gaza e o papel das lideranças palestinas permanecem indefinidas. Netanyahu insiste em excluir o Hamas e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) da administração do território. Já o primeiro-ministro palestino, Mohammed Mustafa, defende a criação do Estado Palestino como solução para garantir estabilidade na região.
O acordo, mediado por Catar e Estados Unidos, representa um avanço após 15 meses de conflito, mas desafios diplomáticos e humanitários ainda precisam ser superados para consolidar uma paz duradoura.