A japonesa Tomiko Itooka, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, faleceu no último domingo (29), aos 116 anos, em Ashiya, no Japão. Seu falecimento passa o título para a brasileira Inah Canabarro Lucas, também de 116 anos, segundo informações do grupo LongeviQuest, que monitora pessoas com 110 anos ou mais.
Nascida em Osaka, em 1908, Tomiko teve uma vida marcada por desafios e superações. Durante a Segunda Guerra Mundial, assumiu a administração da fábrica têxtil de seu marido, conciliando a criação de quatro filhos. Após enviuvar em 1979, ela adotou hábitos saudáveis, como caminhadas, e chegou a escalar o Monte Ontake, no Japão, com mais de 3.000 metros de altitude. No aniversário de 116 anos, celebrado em maio de 2024, foi homenageada pelo prefeito de Ashiya com flores, bolo e um cartão comemorativo. Ela deixa um filho, uma filha e cinco netos.
Inah Canabarro Lucas: uma vida de dedicação e fé
Com a morte de Tomiko, a freira brasileira Inah Canabarro Lucas, nascida em 8 de junho de 1908, em São Francisco de Assis (RS), torna-se a pessoa mais velha do mundo. Aos 116 anos, Inah ocupa a vigésima posição entre os indivíduos mais longevos já documentados, estando atrás da recordista francesa Jeanne Calment, que viveu até os 122 anos.
Inah começou sua trajetória religiosa aos 16 anos, ingressando no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento (RS). Após fazer seus votos em Montevidéu, no Uruguai, em 1928, retornou ao Brasil em 1930, onde lecionou português e matemática. Em 2018, no aniversário de 110 anos, recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco, reconhecendo sua longa e inspiradora jornada de fé.
Longevidade e o legado de uma vida
Tanto Tomiko Itooka quanto Inah Canabarro Lucas exemplificam vidas de resiliência e dedicação. Enquanto Tomiko superou desafios da Segunda Guerra Mundial e adotou um estilo de vida ativo até os últimos anos, Inah dedicou mais de um século ao ensino e à vida religiosa, sendo uma inspiração para sua comunidade.
A história de ambas as mulheres reflete não apenas a longevidade, mas também a capacidade de adaptação e contribuição ativa em diferentes períodos históricos. O título de pessoa mais velha do mundo agora pertencendo a uma brasileira é motivo de orgulho e celebração para o país.