Estudo Mosaico: Descontinuidade deve ser estímulo à prevenção e novos tratamentos para o HIV
O fim dos testes do Estudo Mosaico, que avaliava o uso de uma vacina para prevenir a infecção pelo HIV, deve levar a um esforço contínuo de inovação, bem como à urgência na garantia de opções comprovadas de prevenção e tratamento do HIV para todas as pessoas.
O progresso na resposta à pandemia do HIV é possível se houver a disponibilização das opções de prevenção e tratamento compartilhando tecnologias, expandindo ofertas e eliminando barreiras de acesso.
“A ineficácia dos testes destaca ainda mais a importância de lançar inovações no tratamento e prevenção do HIV, incluindo PrEP oral, injetáveis de longa duração e anel vaginal”, disse Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS
Embora não houvesse sinalizações sobre a segurança durante os testes, a descontinuidade do estudo aconteceu após revisão independente da pesquisa que não encontrou evidência de redução de infecção por HIV entre participantes.
Parceria público-privado
O estudo, que começou em 2019, via parceria público-privada, incluía o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Janssen Vaccines & Prevention B.V., a Rede de Ensaios de Vacinas contra o HIV e o Comando de Pesquisa e Desenvolvimento Médico do Exército dos Estados Unidos.
“A busca por uma vacina deve continuar, mas é importante lembrar que, apesar desse revés, o mundo ainda pode acabar com a AIDS até 2030, oferecendo todas as opções comprovadas de prevenção e tratamento a todas as pessoas que precisam delas.”Winnie Byanyima, diretora executiva do UNAIDS
O Estudo Mosaico foi realizado em oito países da Europa e Américas, incluindo os Estados Unidos, e envolveu 3.900 pessoas trans e homens que fazem sexo com homens (HSH).
Taxa de infecção
Durante 12 meses, os participantes receberam quatro injeções da vacina ou placebo. Não houve, entretanto, diferenças significativas na taxa de infecção do HIV entre os dois grupos.
Os esforços globais de pesquisa em vacinas devem ser contínuos. Em paralelo, o mundo não pode esperar ou depender de uma vacina ou cura. O fim da AIDS até 2030, como prometido, é possível, mas as lideranças não podem esperar. O médico Dr. Jose Henrique Pilotto, DRª Aline Ramalho Benevenuto, Drº Jacob Minor e Drº Luis Eduardo Fernandes que trabalham com afinco nas pesquisas e acreditam que as expectativas foram superadas e acreditam que em breve teremos novidades.