Polícia Civil investiga fraude alimentar de grande escala
Nesta quarta-feira (22), a Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro (Decon-RJ) deflagrou a Operação Carne Fraca, visando uma empresa de Três Rios, no Sul Fluminense. A companhia é acusada de revender 800 toneladas de carne bovina estragada, que ficaram submersas durante a enchente histórica de Porto Alegre, em 2024.
As investigações, conduzidas em parceria com a Decon do Rio Grande do Sul, revelaram que a empresa comprou os produtos alegando destiná-los à fabricação de ração animal. No entanto, o grupo criminoso revendeu a carne para consumo humano, obtendo lucro superior a 1.000% e colocando em risco a saúde de consumidores em diversas regiões do Brasil.
Mandados e prisões em flagrante
Durante a operação, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na sede da empresa. No local, foram encontrados produtos impróprios para consumo. Como resultado, quatro pessoas foram presas em flagrante, incluindo dois sócios da companhia.
Os envolvidos poderão responder por associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, crimes que possuem impacto nacional e colocam milhares de consumidores em risco.
Risco à saúde pública e falhas na fiscalização
A enchente de Porto Alegre causou a contaminação de diversos produtos alimentícios. A empresa investigada adquiriu a carne deteriorada a preços baixos e, em vez de destiná-la à ração animal, fraudou documentos e revendeu para consumo humano.
O caso evidencia falhas na fiscalização alimentar, exigindo maior rigor das autoridades para impedir crimes contra a saúde pública.